A violência contra a mulher é uma problemática que afeta o Brasil há muitas gerações. Segundo uma pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em conjunto com o Instituto DataFolha, no último ano, 18 milhões foram vítimas de algum tipo de brutalidade, totalizando 50 mil por dia, um número assustador e que reflete o despreparo dos órgãos públicos para proteger, respeitar e garantir os direitos básicos da população feminina, tão importante para transformar o mundo para melhor por meio de suas ações, conhecimentos e experiências.
Em frente a este cenário de calamidade, nasceu a campanha do Agosto Lilás, instituída pela Lei Estadual nº 4.969/2016, com o objetivo de divulgar a existência da Lei Maria da Penha e sensibilizar a sociedade a agir ativamente para combater a violência doméstica e familiar por meio dos mecanismos de denúncia existentes.
Por isso, no artigo de hoje, abordaremos a fundo esta temática tão necessária para mudarmos o futuro, compreendendo os motivos que levaram ao surgimento nesta iniciativa, se mudanças já estão sendo percebidas, os motivos pelos quais as mulheres devem ser ouvidas e credibilizadas e o papel que todos nós desempenhamos na proteção destas figuras essenciais.
Vamos começar? Esperamos que esta leitura amplie seus horizontes a respeito deste assunto e te faça embarcar nesta missão.
Como surgiu esta campanha e como ela tem transformado a vida da população feminina?
Instaurada em 2016 como uma idealização da Subsecretaria de Políticas Públicas para Mulheres (SPPM) do Mato Grosso do Sul, o Agosto Lilás surgiu para comemorar os 10 anos da famosa Lei Maria da Penha, oferecendo materiais educativos, compartilhando informações e promovendo ações sociais que rapidamente, se espalhou por todo território brasileiro.
Neste cenário, modificações começaram a ser experienciadas com a diminuição dos casos, destacando a relevância de termos uma legislação destinada à valorização feminina, com as seguintes vantagens:
- Proteção contra agressões físicas e psicológicas;
- Acolhimento em abrigos que oferecem inúmeras medidas de proteção, incluindo restrição de contato e acompanhamento;
- Garantia do direito das mulheres de viver em um ambiente livre de opressão e injustiça;
- Prevenção e censura de todas as formas de abuso corporal, sexual, emocional e patrimonial;
- Promoção da liberdade, igualdade e a capacidade de punir os infratores;
- Fácil acesso aos canais de denúncia e delegacias especializadas neste tipo de crime;
- Transformação da vida, da saúde e do bem-estar de incontáveis mulheres.
Por que as mulheres não devem se calar e precisam denunciar casos de violência?
Apesar das dúvidas, medos e incertezas que pairam na mente de muitas vítimas de violência, uma coisa é certa, realizar uma denúncia é o primeiro passo para acabar com este ciclo vicioso e impedir que outras pessoas passem pelas mesmas dificuldades e situações.
Mais do que isso, compartilhar as histórias individuais vividas demonstra coragem, mostra para outros indivíduos nas mesmas condições que não se está sozinho e que, a união, literalmente, faz a força para a conquista de penas eficientes aos agressores.
Além disso, buscar ajuda ao estar passando por um processo violento é uma forma de manutenção e proteção da própria vida, já que, em alguns casos, omitir-se pode fazer com que o seu destino, infelizmente, seja o óbito.
Qual o papel da sociedade como um todo na proteção da mulher?
A primeira coisa a se ter em mente é a conscientização e o combate à qualquer forma de menosprezo e hostilidade contra as mulheres, seja em forma de piadas de mal gosto, brincadeiras com um fundo de verdade ou acobertamento de situações que merecem atenção. Afinal, vivemos em uma sociedade estruturalmente machista e, algumas atitudes e falas tidas por muitos como normais, podem encobrir e indicar algo bem mais grave que não devem ser toleradas em hipótese alguma.
Com isso em mente, cabe a cada um de nós darmos credibilidade às queixas das mulheres, providenciarmos o apoio necessário para que se desvencilhem de situações abusivas, violentas e prejudiciais que podem não estar tendo a real consciência, não nos abstermos frente à um caso próximo, sermos as vozes femininas quando elas não podem expressar seus sentimentos e pensamentos e valorizarmos o tamanho da força destas figuras essenciais para a construção de um futuro promissor, inovativo, igualitário, tecnológico e melhor em todos os âmbitos, sejam eles políticos, econômicos ou sociais.
Faça parte desta transformação!
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